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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A proclamação da Republica nos dias seguintes(1ªParte)


  • a proclamação no Porto a 6 de Outubro

A república foi proclamada no Porto no dia 6 de Outubro, bem como noutras localidades de todo o Portugal, fruto de comunicações deficientes, pois o anuncio da proclamação foi chegando por telégrafo, mas não se registando resistência significativa.

António José de Almeida ministro do Interior, expedira telegramas dando ordens para que nos concelhos onde houvesse câmaras municipais republicana,s essas vereações fossem mantidas e nas outras, fossem as vereações substituídas por comissões electivas ou formadas pelo povo por aclamação, consoante o número de republicanos existentes.

No Porto logo que chegou o telegrama, as guarnições militares içaram a bandeira verde-rubro, muito embora o comandante-geral militar general Nogueira de Sá hesitasse em se submeter. O telegrama nomeva Paulo Falcão filho de José Falcão, novo governador da cidade.

Vencidas as resitências acabou por se proclamar a Republica nas janelas da Câmara Municipal por José Nunes da Ponte, na mesma janela onde 19 anos antes tremulara a mesma bandeira então na altura fugazmente

  • Acalmam-se os ânimos em Lisboa

Enquanto em Lisboa, fazem-se tentativas para acalmar os ânimos populares e acabar com as manifestações que possam por em perigo vidas e propriedades. Nada contudo que não possa catalogar-se a revolução como pacífica. O ataque a casa do político José Luciano de Castro, símbolo da corrupção do partido na sua condição de líder partidário monárquico de enorme influência e o assalto ao Convento de Arroios onde morreram dois padres, trucidados pela população, foi tudo o que de mais violento se registou.


Na altura de fazer o balanço constatou-se que, a revolução saldou-se em algumas dezenas de baixas. O número rigoroso não é conhecido, mas sabe-se que, até ao dia 6 de Outubro, tinham dado entrada na morgue 37 vítimas mortais da revolução.

Vários feridos recorreram a hospitais e postos de socorros da cidade, alguns deles vindo, mais tarde, a falecer. Por exemplo, dos 78 feridos que deram entrada no Hospital de São José, 14 faleceram nos dias seguintes


terça-feira, 5 de outubro de 2010

A proclamação e o governo provisório

Foi pelas 10 horas da manhã do dia 5 de Outubro de 1910 que a República Portuguesa foi proclamada na varanda dos Paços do Concelho em Lisboa, pela voz de José Relvas

O Governo Provisório da República Portuguesa saúda as forças de terra e mar, que com o povo instituiu a Republica para felicidade da Pátria. Confio no patriotismo de todos. E porque a Republica para todos é feita, espero que os oficiais do Exército e da armada que não tomaram parte no movimento se apresentem no Quartel General, a garantir por sua honra a mais absoluta lealdade ao novo regime.

Acompanhavam-no dirigentes do Partido Republicano Português como Eusébio Leão e Inocêncio Camacho. tendo sido também proclamados os nomes do governo provisório, então constituído

  • Presidente, Teófilo Braga
  • Interior, António José de Almeida
  • Justiça, Afonso Costa
  • Finanças, Basílio Teles
  • Guerra, Correia Barreto
  • Marinha, Amaro de Azevedo Gomes;
  • Obras Públicas, António Luís Gomes
  • Estrangeiros, Bernardino Machado.
Que naturalmente e desde logo também não viria a ter consenso perfeito (não admira nada), sobretudo por parte da Carbonária que não tinha nenhum membro afeto neste diretório.
Para além de Lisboa, que desde já era governada desde 1908 por uma vereação totalmente republicana bem como Alcochete, Benavente, Grândola, Lagos, o advento da República foi festejado em todo o País ruidosa e alegremente, mesmo nos munícipios em que, ao contrário dos acima referidos, não existia vereação republicana