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domingo, 11 de setembro de 2011

Acontecimentos no ano de 1912-6ºparte

  • Norton de Matos funda a cidade de Huambo

Durante a construção da linha da Companhia do Caminho de Ferro de Benguela, concebido para drenar os minérios da rica região do Catanga para a costa do Atlântico, estando o acampamento do empreiteiro Pauling estabelecido cerca do km 370, começou a ser aí recebida correspondência, vinda de Inglaterra, endereçada a "Pauling Town - Angola".

É necessário referir que este acampamento era, na altura, o único aglomerado populacional digno desse nome que então existia na região do Huambo. O General Norton de Matos, ao chegar a Luanda para ocupar o mais alto cargo da então Colónia de Angola, teve conhecimento dessa ocorrência e, para marcar bem o domínio português na Província do Huambo, deu ordem aos Correios para devolverem, com a indicação de "destino desconhecido", toda a correspondência com a direcção "Pauling Town".

Norton de Matos procurou, nos pobres mapas de então, qualquer coisa que lhe sugerisse um nome; só encontrou a referência a um pequeno Forte do Huambo (Cabral Moncada, criado por Portaria nº 431,de 20/09/1903), onde se tinham praticado feitos heróicos; este forte situava-se próximo do km 365, do lado esquerdo da linha, a cerca de 2 quilómetros desta.

Essa representação foi o bastante para lhe indicar a magnífica posição geográfica, política económica e militar do futuro Centro Ferroviário, a que deu o nome de Cidade do Huambo, por Diploma Legislativo de 8 de Agosto de 1912, que se viria a criar ao km 426.

Logo a seguir à criação da cidade do Huambo, a Portaria Provincial 1086 de 21 de Agosto de 1912, proibiu a construção de casas de adobe, pau-a-pique ou outros materiais semelhantes na cidade de Huambo. Em 1927, o então governador Vicente Ferreira mudou-lhe o nome para Nova Lisboa e fez publicar em boletim oficial a designação da cidade como nova capital de Angola. Contudo, tal nunca passou do papel.

Fonte-wilkipédia

  • 1ºCongresso dos trabalhadores rurais
Realizou-se em Évora, muito importante porque a grande maioria do da população portuguesa vivia no e do campo, onde existia uma baixíssima rendibilidade . Essa importância reflectiu-se na progressiva integração na movimentação operária organizada.
As reivindicações centravam-se à volta dos salários, a restrição do uso de maquinaria e a relação entre salários e custo de vida
.
Estiveram presentes 39 sindicatos

  • Acordo Luso-espanhol

Uma nota oficiosa do Ministério dos Negócios Estrangeiros publicita um acordo entre os governos espanhol e português. Desde as incursões monárquicas que as relações entre Portugal e Espanha estavam muito tensas, já que Portugal considerava que o Governo de Canelejas protegia os "couceiristas".

De Madrid, a 6 de Setembro, chegara a notícia que José Relvas tinha tido uma demorada conferência com o Presidente do Conselho, Canelejas, e que estavam concluídas as negociações acerca dos conspiradores.

A 13 de Setembro, o Governo espanhol, examinando a reclamação apresentada pelo Governo da República Portuguesa, referente especialmente à expulsão dos conspiradores para fora do território continental de Espanha, reconhece a dificuldade de execução da medida por, entre outras razões, existir uma corrente de opinião contrária.

. As bases do acordo entre os dois governo são as seguintes:

  • A expulsão para fora de Espanha de todos os chefes e principais fautores da conspiração;
  • o julgamento de todos os implicados que estejam sujeitos às sanções das leis penais espanholas;
  • a interdição de regressarem ao território de Espanha, durante 3 anos, de todos os que, tendo conspirado em Espanha até Julho último contra o regime estabelecido em Portugal,
  • aceitarem o oferecimento do Governo da República Brasileira, retirando para o Brasil, sendo esta interdição extensiva a todos os que saírem para outras nações; e, finalmente,
  • a redacção de uma convenção, de carácter permanente e recíproco, para impedir futuras conspirações.
Fonte : Fundação Mário Soares