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quinta-feira, 17 de março de 2011

Acontecimentos no ano de 1912-2ºparte

  • António José de Almeida funda o Partido Republicano Evolucionista

António José de Almeida, desencantado com o velho Partido Republicano, que Afonso Costa dominava, e com a União Nacional Republicana, que Brito Camacho de algum modo liderava, funda o Partido Republicano Evolucionista, a 24 de Fevereiro de 1912

O jornal República, criado por António José de Almeida, é o principal órgão de imprensa do novo Partido Evolucionista.

António José de Almeida distancia-se oficialmente de Afonso Costa, que considerava perigoso para a sobrevivência do próprio regime o permanente conflito com os católicos.

Algumas figuras como Egas Moniz, Antero de Figueiredo, Alfredo Pimenta e António Granjo, contavam-se como os principais nomes deste partido
  • Brito Camacho funda o Partido União Republicana.

Os parlamentares "amigos" de Brito Camacho reúnem na redacção de "A Lucta", na noite de 26 de Fevereiro tendo resolvido organizar o Partido União Republicana. Manuel de Brito Camacho é assim o fundador deste novo Partido de que o jornal "A Lucta" será o principal porta-voz.

Brito Camacho era um médico militar de Aljustrel, um republicano de longa data e fora ministro do Fomento do Governo Provisório e deputado às Constituintes.

Entre os peincipais nomes havia um número significativo de militares, como Filomeno da Câmara, Ladislau Pereira, Mendes Cabeçadas Júnior, Tito de Morais e Sidónio Pais.
Este partido também comportava elites moderadas e conservadoras, mas sem a capacidade de mobilização como se viria a verificar ao nível do voto

Está consumada a divisão do velho PRP: Afonso Costa à frente do Partido Democrático, António José de Almeida com o Partido Evolucionista e Brito Camacho com a União Republicana ou Partido Unionista.

Para alem das rivalidades pessoais os dois partidos pretendim criar um espaço moderado e conservador na política republicana

  • Recusada amnistia aos conspiradores monárquicos

António José de Almeida, em nome do Partido Evolucionista, apresenta à Câmara dos Deputados uma proposta de amnistia que se aplicava, entre outros, aos conspiradores monárquicos presos.

O Partido Democrático, pela voz de Alexandre Braga, recusa a amnistia, posição que recolhe 62 votos contra 26. É a primeira derrota do novo partido de António José de Almeida.