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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Acontecimentos no ano de 1910(1ª parte)

  • Proscrita a família Bragança
Pelo Ministério do Interior (António José de Almeida) "É declarada proscrita para sempre a família de Bragança, que constitue a dinastia deposta pela revolução de 5 de Outubro de 1910." A proscrição é válida para ascendentes, descendentes e colaterais até ao quarto grau. É mantida a proscrição do ramo banido pelo regime constitucional (que afastou a linha "absolutista" de D. Miguel e seus descendentes).
(creditos: Fundação Mário Soares)
  • Criada uma comissão para a restruturação do exército
A 17 de Outubro foi nomeada uma comissão para estudar a reorganização do exército e outra para estudar a instrução militar preparatória, pois muito embora nos acontecimentos de 4 e 5 de Outubro se tenha registado um comportamento abstencionista do exército, ficava a ideia que para além da substituição possível dos altos comandos, restava um corpo de oficiais que encararia a Republica com desconfiança e vice-versa.

A ideia era criar um exército miliciano, em vez dum corpo profissional, mas que o serviço militar passaria a ser obrigatório. Se estes seria a ideia geral republicana, sob o ponto de vista ideológico, acabou por se optar por um sistema híbrido, sem abdicar dum corpo profissional permanente de razoável dimensão.

  • Republicas sul-americanas reconhecem o novo regime português
O Brasil reconhece "de jure" o novo regime político português, afirmando os votos «que o Brasil inteiro faz pela felicidade da nobre Nação Portuguesa e do seu Governo e pela prosperidade da nova República». O Enviado Extraordinário e Ministro plenipotenciário brasileiro junto da República Portuguesa é J. P. da Costa Motta. No dia seguinte, será a vez da Argentina, a 29 a Nicarágua e a 31 o Uruguai.
(creditos: Fundação Mário Soares)

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Decreto de expulsão dos jesuítas



Um dos primeiros diplomas emitidos pelo Governo Provisório, foi um decreto que institui a expulsão dos jesuítas e o encerramento dos conventos, que o Século a 2 de Novembro de 1910, noticiava da seguinte forma

A
Companhia de Jesus de tão odiosas tradições e na qual o marquês de Pombal deu a grande golpe em Portugal, mais uma vez foi expulsa do país e durante algum tempo estiveram detidos no forte de Caxias muitos dos seus membros, superiores, padres, noviços, toda a legião negra a que os empregados das cadeias civis de Lisboa foram aplicar os métodos antropométricos a fim de futuro poderem ser reconhecidos se tiverem a veleidade audaciosa de pretenderem voltar....

Não pode considerar-se surpreendente esta decisão, pois a laicização do Estado e da sociedade foi um dos temas fundamentais da propaganda republicana onde monarquia e clericalismo se confundiam.


Afonso Costa responsável pela Justiça naquele governo provisório, dá ordens à polícia para prender os padres que fossem encontrados na rua a fim de evitar abusos.

No dia 10 de Outubro registavam-se na cadeia do Limoeiro 46 padres, 82 no forte de Caxias e no Arsenal da Marinha 233 freiras
, porém, alguns jesuítas conseguiram de imediato refugiar-se em Espanha.

Tem algum sabor um post publicado no blog Causa Monárquica, sobre um depoimento dum jornalista inglês, que na altura se encontrava em Portugal, quando da tomada do colégio jesuíta do Quelhas (na foto) (Para evitar confusões declaro que não sou monárquico a minha preocupação é a verdade dos factos, pelo menos a que eu consiga encontrar)