Querendo ver outros blogs meus consultar a Teia dos meus blogs

sábado, 22 de setembro de 2012

Acontecimentos no ano de 1914-3ºparte

  • Morte de  José Luciano de Castro

Morre em Anadia José Luciano de Castro, importante político do constitucionalismo monárquico, advogado, historiador e jornalista. que se notabilizara como um dos fundadores do Partido Progressista, ao qual presidiu a partir da morte de Anselmo José Braamcamp (1885).

Fora deputado, ministro e Presidente do Conselho de Ministros em diversas ocasiões, incluindo durante o ano de 1890, quando a 11 de Janeiro Portugal recebeu o ultimato britânico, do qual resultou a queda do seu governo e o início de uma longa crise política que desembocou na implantação da República Portuguesa

 Foi ainda par do Reino, conselheiro de Estado; director geral dos Próprios Nacionais; vogal do Supremo Tribunal Administrativo e governador da Companhia Geral de Crédito Predial Português. Alcunhado de "a velha raposa", foi certamente uma das mais proeminentes figuras da cena política portuguesa nas últimas três décadas da Monarquia Constitucional Portuguesa, à qual se manteve sempre fiel, mesmo após o seu derrube em 1910.


  • O segundo governo de Bernardino Machado


O governo Bernardino Machado, que fora  bastante generoso em promessa, mas muito menos afoito em cumpri-las,  publica uma lei de amnistia, que visava resolver a situação dos monárquicos e dos presos por questões sociais, abraçando ainda transgressões à Lei de Separação. 

Desta amnistia são excluídos os que usaram explosivos e os acusados de crimes de atentados pessoais, bem como os chefes, dirigentes e instigadores de movimentos contra a República expulsos de Portugal pelo tempo de pena que lhes resta cumprir, sendo banidos: Paiva Couceiro, Azevedo Coutinho, Jorge Camacho, Vítor Sepúlveda, Homem Cristo pai, Sousa Dias e João de Almeida e padres Domingos Pereira, Júlio Barroso, Júlio César e Leite Maciel

Pela demissão do Ministro das Finanças, Tomás Cabreira.apresenta o pedido de demissão do governo, por razões atribuíveis ao facto de por decreto de 28 de Março de 1914 ter sido atribuída a concessão dos direitos de instalação de uma central hidroeléctrica nas Portas do Rodão a um grupo que integrava, entre outros, o democrático António Maria da Silva. 

O Supremo Tribunal Administrativo declarou o decreto inconstitucional, promovendo a sua anulação. Os parlamentares do Partido Democrático reuniram-se e, considerando constitucional o decreto, entenderam que os ministros do seu partido não deveriam votar nenhum diploma que anulasse este decreto. 

Tomás Cabreira abandonou o Partido e todos os restantes democráticos resolveram demitir-se. Bernardino Machado viu-se assim obrigado a apresentar um pedido de demissão colectiva do gabinete.

Dissuadido a não se retirar Bernardino Machado, forma o VI Governo constitucional. Trata-se da recomposição do gabinete anterior, apresentado agora como extrapartidário, sob o signo da "acalmação", em que entram Almeida Lima e António Santos Lucas para as pastas do Fomento e das Finanças. tendo Machado assumiu interinamente a Justiça (cerca de um mês depois, a 22 de Julho de 1914, Sousa Monteiro foi empossado como Ministro da Justiça).

Sem comentários:

Enviar um comentário